terça-feira, 28 de outubro de 2008

Seleção natural no mercado

Muito se tem dito sobre uma tal crise econômica mundial. Palavras como cotação, investidores, empresas, recessão... são corriqueiramente usadas.

Contudo algumas notícias já trazem consigo informações de como esta crise afeta a vida da população. E cabe alertar que no caso de falta de dinheiro no mercado quem realmente perde é a população mais carente. Empresários vão perder algumas de suas empresas sim, mas e daí? A preocupação é com quem já hoje, tem dificuldade de comprar seu próprio alimento, mesmo que muitos desses trabalhem nessas empresas que se acabarão.

Trago comigo algumas reflexões: Com a falta de dinheiro em circulação, surge uma seleção “natural” no mercado, onde os mais “espertos” e preparados vão conseguir manter sua qualidade de vida. Mas justamente a população mais humilde é a mais privada de informações sobre planejamento familiar financeiro, por exemplo.

As tais notícias jornalísticas são boas quando alertam a população, mas aumentam a desigualdade social devido a uma desigualdade cultural latente. É como se houvesse uma tragédia natural anunciada (impacto de um meteoro, por exemplo) onde veríamos cada um tentando cuidar de si e quem teria mais condições de se proteger o faria.

No caso da crise financeira, é como se a quantidade de dinheiro não fosse suficiente para todos. Triste? Nada diferente da “Seleção Natural” proposta por Darwin não é mesmo? Seleção natural de humanos. Porém, como ser racional fica difícil saber que estamos à mercê desta lei. De fato, retorno à questão de nos reeducarmos na questão do consumismo. Isso faria, a grosso modo, a crise afetar mais os empresários e menos os consumidores.

ILUMINE SUA ESCURIDÃO. Leiam a parte de economia do jornal de vez em quando, mas não seja egoísta.

Abraço

WFabricio

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Frutos para reflexões

Hoje almocei com um grande e antigo amigo. Sujeito dotado de um grande discernimento e de idéias joviais e inteligentes. Discutimos algo sobre comportamento humano, estrutura atual e futura da sociedade e coisas do tipo. Frutos para reflexões pós-contato.

Precisamos freqüentemente parar nossa rotina para refletir a gozar destas trocas de experiências com alguém que tenha algo de valor para lançar na mesa.

Eis um pensamento que me acompanhou para o resto do dia: É uma conclusão de uma gama de assuntos discutidos.

O homem possui uma natural tendência à insatisfação pessoal. Isso remete numa desenfreada busca de querer sempre mais do que tem. Se sentir sempre insatisfeito é mal voraz que precisa ser eliminado de nossas vidas. È diferente de buscar aprimoramento, desenvolvimento pessoal ou mesmo auto-estima. Estar satisfeito é estar solidário com você mesmo, respeitando os limites e erros próprios, sem precisar julgar o erro dos outros para “se sentir melhor”.

Trouxe algumas reflexões e costurei mais algumas interpretações após a conversa e ILUMINEI ESCURIDÕES!

Entendi um pouco melhor porque algumas pessoas não gostam de mim ou procuram não aproximar muito. Muitos outros estão ao meu redor mas sentem peso na minha presença. Meu papel mesmo é incomodar, trazer à tona verdades (ou não) inconvenientes, mas que vejo que fazem as pessoas crescerem. De fato, me sinto mais feliz por ser eu mesmo, por ser sincero e (porque não?) estar cometendo erros.

WFabricio

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Voto Nulo

Porque as urnas eletrônicas não têm uma das opções: “Vá se ferrar”, “Vai pra PQP” ou “Ladrões”? Essas expressões eram constantemente usadas nas antigas cédulas de votação. Elas caracterizavam o chamado VOTO NULO.

Em tempos das lindas e modernas urnas eletrônicas é difícil votar nulo. Contrariamente a isso, elas facilitam o voto “em branco”. Não pretendo aqui fazer apologia ao voto nulo, mas acredito que, com o advento das urnas eletrônicas, o sistema político no Brasil perdeu bastante em alguns aspectos.

De fato, os votos anulados não têm poder de anular uma eleição, como dizem alguns seguimentos extremistas políticos ou anarquistas. O valor deles e dos votos “em branco” têm o mesmo significado no resultado eleitoral.

Existe um conhecimento geral de que os votos em branco significam algo como “qualquer um” e que os votos nulos significam “nenhum”, mas isso é controverso. E é claro que esta controvérsia é bem vinda ao sistema político-partidário brasileiro, que prefere não fazer alarde com o assunto. Assim, não existe intenção em se definir ao certo o que significam. Interessa mesmo é o cidadão escolher algum candidato, dando combustível a um eleitorado manipulável.

ILUMINE A ESCURIDÃO. É direito nosso poder declarar que não gostamos / queremos nenhum dos candidatos e dever do TSE facilitar a voz da população quanto a isso. Estabelecer o significado dos votos BRANCO e NULO seria o mínimo!

Agora, o dever nosso é votar consciente. Conhecer todos os candidatos e escolher, não por simpatia, bem-feitorias ou partidos e sim por competência, preparo e honestidade.

Bom domingo de eleição!

WFabrício