sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Qual celular é o seu?

Qual celular é o seu? Vamos ver qual é o melhor, o meu ou o seu? Refleti um pouco e cheguei em alguns números que acho serem plausíveis, salvo ocasiões especiais.

Se o valor do seu aparelho é maior do que o valor que voce gasta (em dinheiro) na conta ou cartão durante 4 meses, possivelmente voce tem um aparelho que não está à altura de o que voce precisa. Desculpe, mas se voce tem um aparelho celular de uns 800 reais, digamos, mas é do tipo que só recebe ligação, acho que tem algo errado com voce.

Se voce paga o aparelho em prestação então.... ai sim, não dá pra entender. Porque não gastar o dinheiro usando o aparelho para a sua real finalidade? Falando!

Há poucos dias eu falei com uma pessoa que havia comprado um liquidificador de R$200,00. Tudo bem, ele faz um monte de coisa diferente. Vê-se logo que ele é moderno. Sem nem mesmo eu comentar, durante a conversa, a referida pessoa disse o valor e atentou:

_ Comprei o melhor da loja mesmo, cansei daquela coisinha velha que comprei da ultima vez (em se tratando do ultimo liquidificador)".
_ E voce sabe mexer em tudo o que ele faz? retruquei
_ Não! Obtive como resposta

Por ser um produto de uma famosa marca, que os outros dizem que é bom, que é de ultima geração, que tem recursos infinitos (que voce nem vai usar) e etc, acabamos comprando um produto que é inútil para nós.

Gostamos de comprar! Eu gosto. Mas muitas vezes, estamos aceitando uma necessidade inexistente de adquirir alguma coisa. Estamos sendo controlados.

Poderia dizer, como ambientalista, que isso alimenta o desenvolvimento tecnológico, que por consequência acarreta numa demanda de matéria prima que está cada vez menos disponível. Ai depois é só falar mal das mineradoras. Fácil!

Mas prefiro trabalhar diretamente na mente. Na filosofia do comportamento do homem moderno, que por sua vez está altamente submisso à imagem. Claro que o homem sempre esteve na busca por status associado à bens materiais adquiridos. Contudo, a atual conjectura da industria hoje está se estruturando de tal forma, que as pessoas estão ficando cegas, buscando uma imagem que a própria define como ideal.

Tenho um primo, de 10 anos, que estava caçoando do meu aparelho celular, dizendo que ele é muito antigo e pesado. Ele estava com um celular novo, tinha acabado de comprar e já era o seu terceiro aparelho. Tire as conclusões.

E isso tudo é muito recente. A salvação então poderia ser ILUMINAR A ESCURIDÃO dos pequeninos, no mínimo, sendo exemplos pessoais. Está ai a base da minha saída.

Abraço
Wendell Fabrício

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso se aplica a muitas coisas. Direto vem pessoas me perguntar: "Me fala um computador bom pra eu comprar!", e eu respondo: "Bom pra que?". Ninguém fica satisfeito com essa resposta, pq sempre esperam que eu fale uma configuração bombástica, com gigas e mais gigas de memória e tudo mais, sendo que dificilmente usarão todo o potencial da máquina.

Não sou contra a compra de equipamentos tecnológicos, desde que sejam feita com consciência de que o objeto será realmente útil, pensando em suas funcionalidades, e não como uma ferramenta de melhoria de Status Social, o que, diga-se de passagem, é o que predomina, infelizmente.