Tarde de domingo na praça, você encontra um amigo dos tempos antigos de escola e é inevitável não começar a lembrar das divertidas histórias dos tempos passados. Como isso é bom! Como é bom se deliciar de acontecimentos e épocas em que nos orgulhamos de ter participado, mesmo distantes no tempo. E, ainda, parece que quanto mais tempo passa, melhores ficam as histórias. E comumente acontece que, como os detalhes vão sendo esquecidos e ficando longínquos na mente, eles dão lugares a outros, mais emocionantes.
Mentiras? Bom, até certo ponto não, porque na busca de relembrar e no espírito de se orgulhar, os detalhes neutros ou até mesmo negativos vão sendo substituídos, quase involuntariamente. Psicologicamente isso deve ser natural da mente humana, mesmo podendo ser ruim.
“Eu era feliz e não sabia”. Uma das mais antigas expressões populares que imagino existir. Pesquisando, facilmente encontraremos várias músicas, narrativas e poemas que têm estes dizeres em seu texto. Já faz um bom tempo que ela entrou para minha lista negra de expressões populares e dias atrás desenvolvi melhor um raciocínio para “combatê-la”, digamos.
Analise a situação do encontro de domingo à tarde na praça, supramencionada. Histórias ficam “melhores” do que os acontecimentos presentes. Ampliando ainda mais, podemos dizer que momentos passados tendem a se parecerem melhores que os presentes e isso faz com que muitos de nós reclamemos do mesmo, colocando o passado como referência de época mais feliz.
Então, generalizando para outras situações, não nos damos conta de uma questão importante: Em geral, temos facilidade em ver os problemas e defeitos enquanto estamos convivendo com eles, ao passo que esquecemos os mesmos em tempos passados. Nesse caso, o que fazemos muitas vezes, é um desleal confronto dos tempos passados, recheados de qualidades, com o tempo presente, em que insistimos em enxergar mais os defeitos. E isso é claramente um ciclo vicioso, posto que o presente vá se tornar também um passado. Ilumine sua escuridão e tente enxergar mais os problemas do passado, para possíveis melhoramentos presentes e valorização do mesmo.
No mais, é bom poder voltar a compartilhar algumas filosofias, mesmo sabendo são que malucas para alguns (ou a maioria. Ou todos...).
Abraço
Wendell Fabrício
Um comentário:
Que isso amigo filósofo...rsrsrs
Maluquice são as mazelas humanas que recheiam nosso cotidiano.
Filosofar é preciso...não desista e vamos em frente.
Saudades de um amigo que mesmo distante se aproxima com a leitura filosófica.
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