Nos últimos dias 3 a 6 visitamos a cidade mais famosa aqui da Ilha de Marajó: Soure, que fica no leste da mesma. Apesar de ser na ilha que moramos (de fato a Ilha de Marajó é um arquipélago com centenas de ilhas menores) o acesso é um pouco complicado. Partimos de Muaná e enfrentamos umas 8 horas de barco até um porto em Belém, onde pegamos outro barco e lá se vão mais 4 horas até Salvaterra, já na Ilha de Marajó novamente. Depois pegamos uma van, que percorre uns 40min de estrada, entra numa balsa e segue mais um trecho fluvial até a cidade de Soure.
Vale muito a pena pela paisagem. De fato, o ambiente amazônico é uma coisa que quase nos enlouquece e somos muito gratos por termos vindo para cá, não só por ser bonito, mas imponente. Faz-nos sentir pessoas melhores e paradoxalmente menores. Tudo é muito grande, inclusive os rios.
Soure é a cidade dos búfalos, muitos vagam pelas ruas como cães abandonados, outros são usados como montaria (inclusive a polícia), além de produtores de carne e leite. Apesar de ser um animal que aceita ser domado, muitos são selvagens e é bom não se aproximar muito deles. Devo registrar que tanto o queijo quanto a carne de búfalo são muito bons.
Apesar de ser Marajó, é bem diferente de Muaná. A vegetação é de menor porte e tem muitas praias. Visitamos duas delas e realmente não dá pra acreditar que a água é doce e tive que beber um pouco (exatamente como nós, mineiros, fazemos quando vamos pela primeira ao mar). Além de não se enxergar a outra margem do rio, a areia, os coqueiros e as ondas nos trazem a lembrança de uma praia marítima comum.
Perto de uma das praias encontrei um pequeno rio e tinha um garoto local gangorrando em uma corda sobre o mesmo e não resisti em tentar. A primeira vez foi excelente, mas quando decidi subir na árvore para aumentar a velocidade, acabei ficando alto demais (desproporcionalmente a profundidade do rio) e acabei machucando o pé na queda. Desde aquele dia estou perneta!
Nossa meta é aproveitar o próximo feriado para conhecer a cidade de Breves, que fica no outro lado da ilha e dizem que é bem diferente. De fato é muito mais longe e precisaremos de uns dias a mais.
Abraço
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Cerveja e Copa do Mundo
Abaixo as propagandas de cerveja que circulam na mídia. A estratégia de marketing adotada pelos fabricantes de bebidas é ridícula e claramente chama o consumidor de idiota. E o pior é que funciona.
Beber determinada marca de cerveja fará você conquistar instantaneamente várias mulheres bonitas. Uma outra cerveja é bebida apenas por pessoas trabalhadoras e guerreiras (que devem beber em plena quarta-feira). Creio que, infelizmente, em determinadas épocas, 30 a 40% de todas as propagandas são sobre bebidas alcoólicas e absolutamente nenhuma delas toma conhecimento da inteligência do consumidor. São todas do mesmo tipo, independente da marca.
Recentemente assisti a um documentário muito bom sobre os males causados pelo cigarro. Este documentário teve foco nas estratégias de marketing que os fabricantes de tabaco usavam, associando o fumo a pessoas bem sucedidas e famosas. Ultimamente a mídia tem fechado o cerco contra esses fabricantes e hoje quase não existe comercial de cigarros. Nem se vê mais as marcas de cigarros como patrocinadores de eventos esportivos, no ímpeto de desassociar o fumo ao esporte. O que se vê é um futuro ruim para os fabricantes de cigarro, mas e para os fabricantes de bebidas, que representa bilhões no mercado mundial?
De fato, os boicotes aos produtores de tabaco se deram pelo aumento do numero de câncer e um argumento que vi no documentário é que o cigarro matou mais no século passado que todas as guerras somadas. Mas porque, sob o mesmo argumento, não se condena os fabricantes de bebida?
Mas eu te pergunto: A bebida não mata muito mais que o tabaco? Nesta conta, ainda não estou inserindo os que morrem indiretamente pelo álcool, como nos vários casos de crimes cometidos sob o efeito alcoólicos ou pelos acidentes de trânsito.
Voltando ao assunto das propagandas, o que mais me indigna são os comerciais de cerveja associadas à Copa do Mundo. Algumas delas trazem uma imagem de que os próprios jogadores obtiveram sucesso na carreira por beberem. As mais apelativas são alusivas a uma cerveja nacional dita como patrocinadora da competição, onde jogadores do Brasil mostram que possuem garra e vencem desafios como todos aqueles que beberem a mesma. Será que, se eu beber bastante antes da peladinha de amanha, farei muitos gols também? Ilumine a escuridão!
Um abraço
Beber determinada marca de cerveja fará você conquistar instantaneamente várias mulheres bonitas. Uma outra cerveja é bebida apenas por pessoas trabalhadoras e guerreiras (que devem beber em plena quarta-feira). Creio que, infelizmente, em determinadas épocas, 30 a 40% de todas as propagandas são sobre bebidas alcoólicas e absolutamente nenhuma delas toma conhecimento da inteligência do consumidor. São todas do mesmo tipo, independente da marca.
Recentemente assisti a um documentário muito bom sobre os males causados pelo cigarro. Este documentário teve foco nas estratégias de marketing que os fabricantes de tabaco usavam, associando o fumo a pessoas bem sucedidas e famosas. Ultimamente a mídia tem fechado o cerco contra esses fabricantes e hoje quase não existe comercial de cigarros. Nem se vê mais as marcas de cigarros como patrocinadores de eventos esportivos, no ímpeto de desassociar o fumo ao esporte. O que se vê é um futuro ruim para os fabricantes de cigarro, mas e para os fabricantes de bebidas, que representa bilhões no mercado mundial?
De fato, os boicotes aos produtores de tabaco se deram pelo aumento do numero de câncer e um argumento que vi no documentário é que o cigarro matou mais no século passado que todas as guerras somadas. Mas porque, sob o mesmo argumento, não se condena os fabricantes de bebida?
Mas eu te pergunto: A bebida não mata muito mais que o tabaco? Nesta conta, ainda não estou inserindo os que morrem indiretamente pelo álcool, como nos vários casos de crimes cometidos sob o efeito alcoólicos ou pelos acidentes de trânsito.
Voltando ao assunto das propagandas, o que mais me indigna são os comerciais de cerveja associadas à Copa do Mundo. Algumas delas trazem uma imagem de que os próprios jogadores obtiveram sucesso na carreira por beberem. As mais apelativas são alusivas a uma cerveja nacional dita como patrocinadora da competição, onde jogadores do Brasil mostram que possuem garra e vencem desafios como todos aqueles que beberem a mesma. Será que, se eu beber bastante antes da peladinha de amanha, farei muitos gols também? Ilumine a escuridão!
Um abraço
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