sexta-feira, 29 de julho de 2011

Com maconha no aeroporto

Cometer crimes é mais fácil do que se pensa.

Ontem, dia pra lá de inusitado, quase não consegui fazer uma viagem aérea sem passar por diversas peripécias. Em uma delas, e certamente a maior, fui quase preso por tráfico de entorpecentes.

Viagem normal, passei pelo check in de um determinado aeroporto, emiti minha passagem e passei pelo detector de metais, após ter que tirar meu cinto, que tinha uma peça de metal e disparava o alarme. Entrei então na sala de embarque e, passando por um corredor um pouco “deserto”, avistei um pequeno embrulho no chão, próximo à parede e o hidrante.

Era uma barra um pouco maior que uma barra de cereal, cuidadosamente embrulhada com plástico fino translúcido. Espontaneamente, peguei o “artefato” e continuei andando. Havia uma espécie de folha seca prensada que logo suspeitei que fosse maconha. A dúvida terminou quando eu abri o embrulho e senti o cheiro: era maconha.

“Meus Deus”, eu disse. “Vou levar pra mostrar pro meu pai, meus irmãos... sei lá”. Poxa, achei o máximo e pensei em levar pra casa mesmo. Não pra consumir, obviamente (quem me conhece sabe), mas por curiosidade mesmo. Passou-se algum tempo quando percebi a bobagem que eu estava fazendo e, antes de guardar e mesmo de sair dali, resolvi jogar fora novamente.

Minutos depois fui abordado por funcionários da Infraero que disseram que iam chamar a policia federal - Na verdade alguém me viu atirando fora e chamou a “infantaria”. Desci tranqüilo até a sala e nem fiz questão de me defender. Quando um camarada me perguntou se eu era usuário ou traficante quebrei o silêncio e disse somente: “Meu amigo, tenho um vôo partindo daqui a 10 minutos. Se eu perder esse vôo e for provada minha inocência e vou processar todo mundo aqui.”

Eu bem sabia, naquele momento, que o sistema de vídeo poderia ter mostrado minha inocente trajetória. E, sem saber o que fizeram depois (se olharam o vídeo ou não), me dispensaram, sendo eu, o último a embarcar naquele vôo.

Depois, conversando com um amigo advogado, descobri que, se fosse pego com aquela quantidade, seria processado, por tráfico. Se não me engano, por estar transitando entre estados, seria um crime federal.

Me safei!

9 comentários:

marcilea disse...

Ei, Wendell
Você inventou essa história né?

Impressões Amazônicas disse...

Que roubada... Ainda bem que veio a luz. Que ela sempre o acompanhe!
Abração, Altamiro

Ronara disse...

Wendell,
se isso não acontecesse a você, não aconteceria a mais ninguém!
haha...

Flávia disse...

Essas histórias só acontecem com você mesmo!! rsrs.

E,como disse o Altamiro, que bom que veio a luz. Que maluquice querer pegar por curiosidade...

Beijão!

Ellen Mariana disse...

Wendell... Só você mesmo...
hihihihihihi
Vê se não cai na bobagem da curiosidade de novo, viu??
Mas a sua perspicácia nesse momento foi crucial... Não só a luz pra poder jogar fora, como pensar em tudo isso tão rápido... =)

Boas aventuras pra vc!!

Yuri disse...

Esse é o Wendell, maluco de mais!
A inocência éuma coisaterrível,né!
To indo agora pra Bolívia, acho que num vou aguentar e trazer folha de chá de coca pro pessoal experimentar, hehehe.

Anônimo disse...

Wendell,
Vc poderia ser mais esperto e mais curioso: devia ter tirado só um pouquinho (que o caracterizaria somente como usuário) e experimentado em casa... Assim vc poderia modificar ou reforçar o seu pré-conceito sobre essa planta (li o seu texto anterior), que já é usada em nossa sociedade muito antes da República Romana e sociedade egípcia...

Palhaço Marcha Lenta disse...

Tinha que ter ficado com ela, e depois agente consumia, o quer dizer,jogava a danada no lixo... rsrsrs

taianne aires disse...

ô professor só quem nao te conhce poderia acreditar nisso,vc é a pessoa mas lucida e moral q eu conheço!incapaz de tamanho absurdo!!*-*