quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Não seja controlado

Quero seguir uma linha de alguns pensamentos sobre o medo que temos de pensar e, vai por mim, quando você não pensa sobre algo, certamente está sendo controlado por alguém que pensa por você.

Temos tido medo de questionar as coisas, buscando um comodismo que nos transforma em objeto. Isso porque vivemos numa sociedade cada vez mais pacata, que anda aceitando a pressão de acompanhar um tal desenvolvimento tecnológico.

É paradoxal pensar que queremos o conforto de nossos pensamentos “macios”, mas aceitamos pensar no que a sociedade nos impõe. Permita-me explicar melhor:

Ultimamente as pessoas estão se distanciando cada vez mais do pensamento questionador porque estão muito ocupadas em “progredir” para atender ao alto padrão tecnológico que se impõe dia após dia.

O crescimento exponencial da tecnologia (que nós mesmos assumimos esta demanda) esta surrupiando todo o espaço de nossas mentes. E isso tem proporções catastróficas posto que nos transformamos num bando de bonecos controlados por um fantasma que nos obriga à usufruir de toda a tecnologia disponível. E ainda fazemos pior, porque não nos contentamos e queremos sempre mais tecnologia, que alimenta nosso comodismo e nossas vaidades.

Não vou me alongar aqui. No próximo texto desta série, vou apresentar algumas idéias para combatermos o aumento da tecnologia e sermos um pouco menos “número” para o capitalismo consumista e um pouco mais “pessoas individuais que podem viver felizes somente, sem serem controladas por outrem”.

No entanto gostaria de passar uma tarefa: Passe esta semana ILUMINANDO A ESCURIDÃO e refletindo sobre o valor da tecnologia (computadores, celulares...).

Um forte abraço e até semana que vem!

Wendell Fabrício

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Não valorize sempre o mais difícil

Valorizamos mais os problemas que são difíceis de resolver frente os de resoluções mais triviais?

É Claro que sim!

Por mais que pareça óbvia esta resposta, quero apontar algumas questões que julgo relevantes e que podem ser uma ferramenta para a auto-valorização.

Considere que você passou recentemente por uma dificuldade e “venceu”. Você superou todos os muitos obstáculos. Realmente é uma ótima sensação: Algo como orgulho “misturado” com alívio. Teoria 1: Quando enxerga a situação após enfrentá-la, sempre vê que foi mais fácil que achava que seria antes de solucioná-la. Pense nisso e vai poder confirmar.

Quando vai anunciar ou contar alguém a experiência que viveu é quase inconsciente tentar mostrar que foi mais difícil que realmente foi (Teoria 2). Isso seria uma resposta natural da Teoria 1. É popularmente chamado de “fazer um draminha”.

ILUMINE A ESCURIDÃO. Você não precisa disso. Basta você mesmo saber que foi importante (sendo fácil ou não) vencer aquele desafio e se sentir pessoalmente satisfeito.

Além do mais, você pode sempre testemunhar que as coisas são fáceis quando queremos resolver, sem se importar com o tamanho das dificuldades. Os problemas são sempre mais fáceis que parecem ser e não precisa colocar os seus problemas como grandes para as outras pessoas verem que você é mais vencedor que você mesmo acha.

Se você valorizar sempre e somente o mais difícil, vai se preocupar sempre em enxergar tudo mais complicado do que é e as possibilidades de fracasso vão crescer.

Forte Abraço
Wendell Fabrício

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Seu voto valeu apenas 50%

Os dois principais candidatos a pleitear o cargo de prefeito da cidade de Betim, Minas Gerais, já ocupam cargo de deputados, uma no Congresso Federal e o outro na Assembléia Legislativa de MG. E este tipo de situação acontece em grande parte das disputas por prefeituras nos municípios.

Há alguns dias me peguei refletindo sobre o papel deles, como pessoas públicas, e me entristeceu quando conclui que eles desvalorizaram o voto que receberam e querem descumprir o papel que eles mesmos se dispuseram a fazer, no caso, como deputados.

Vou explicar melhor: Nas ultimas eleições (há dois anos), os referidos políticos se candidataram e foram eleitos. Em tese, os eleitores votaram para que eles ficassem quatro anos no mandato e não apenas dois, como os mesmos anseiam.

Isso caracteriza uma imoralidade e imagino que o voto teve valor de, digamos, 50%. Isso sem contar o chamado “recesso branco” que é um abono dado aos deputados que são candidatos nessas eleições. Neste período, estes nem sequer precisar "dar as caras" nos seus gabinetes para que tenham mais tempo para suas campanhas. "Se você é candidato, não precisa ir trabalhar".

Caso eu, como eleitor, soubesse que o meu (minha) candidato(a) iria trabalhar apenas metade do mandato, poderia sim, ter optado por outro(a).

Se hoje pudesse indagar um deles, certamente eu ouviria uma desculpa do tipo: “Julgo que poderei ser mais útil como prefeito(a) do que como deputado(a)”. Porém, eu digo mais. Eles são “fantoches” dos partidos e de fato já sabiam que se candidatariam quando se submeteram nas eleições passadas.

O objetivo do partido é ocupar a cadeira, nem que para isso ele precise ignorar os nossos votos. Não deixe a mídia tapar seus olhos. É uma ESCURIDÃO QUE NÃO PODEMOS ACEITAR.

Salvo situações de extrema importância política, não confie seu voto a nenhum dos deputados. Eles têm que ser fiéis ao que se propuseram, já que as leis do TSE não são fiéis a nós, cidadãos.

Forte Abraço
Wendell Fabrício

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Uma teoria do erro


Olhem essa placa. Eu a fotografei a cerca de 15 dias durante uma viagem. Pensei em qual seria o objetivo do comerciante. Pensei se o “erro” foi proposital ou não.


É certo que podemos presenciar eternos debates entre os lingüistas e os gramáticos sobre este assunto, mas minha função aqui é colocar o nosso objetivo ao encontrar “erros”. E isso não se aplica apenas aos erros de linguagem.

Nós enxegamos os erros como queremos enxergar. Basta-nos estabelecer qual a nossa tolerância ou sensibilidade ao erro. Exemplo: se lermos muito, estaremos mais sensíveis aos erros gramaticais e ortográficos ou, se fotografamos muito, vamos ser mais sensíveis aos erros nas fotos.

Quem sabe o meu erro técnico ao tirar essa foto não pode ser considerado menos tolerante do que o erro no letreiro? O que me diz?

Intolerante é não ser tolerante. Basta a você mesmo estabelecer o que é certo e o que é errado, mas com consciência de que sua visão está sempre amparada nos seus costumes ou com o grau técnico que você tem ao quesito analisado.

Dar opinião não é ILUMINAR A ESCURIDÃO, mas interpretar e analisar é sempre o primeiro passo.