sábado, 3 de dezembro de 2011
Alter do Chão
Alter do Chão é um lugar conhecido e reconhecido pela grande massa da população brasileira? Não! Mas deveria. E como deveria! Um dos lugares mais belos que já visitamos.
O “Caribe Brasileiro”, como é chamado pelas revistas e órgãos turísticos, possui praias consideradas como as mais bonitas do Brasil. As águas super cristalinas e mornas do Rio Tapajós transportaram e depositaram espessos bancos de areia que formaram diversas praias e belas enseadas que se tornaram lares de centenas de espécies de peixes amazônicos.
A paisagem local é um misto da grandeza hídrica do Tapajós com a imponente e intocada Floresta Amazônica. Para chegarmos lá, pegamos um vôo em Belém para o município de Santarém/PA e de lá foram cerca de 40km até o vilarejo de Alter do Chão. A região fica no coração amazônico, próximo da divisa com o estado do Amazonas.
Dentre as principais atrações aproveitamos a Ilha do Amor, que é na verdade uma bela enseada, formando também um imenso lago em uma de suas margens. Alugado um barco, podemos conhecer diversos ambientes, desde mais áridos, com praias e extensas bancadas de areia, até mais úmidos, com mata fechada e manguezais.
Essa viagem preencheu uma lacuna em nossa estadia (que já dura dois anos) pela Amazônia, pois a Região de Santarém é um pólo estratégico para a conservação da maior selva tropical do mundo. É onde dois rios gigantescos (Tapajós e Amazonas) se encontram. Pensando de forma estratégica, para conhecer um pouquinho da nossa Amazônia, seria salutar pensar em conhecer as regiões mais enfáticas do próprio Rio Amazonas.
E foi o que fizemos: no inicio de 2010 fomos até Manaus/AM conhecer o início do rio, que é formado pelo encontro das águas dos rios Solimões e Negro. Já no início desse ano fomos até Macapá/AP, conhecer o Delta do Rio Amazonas, onde o rio é abraçado pelo Oceano Atlântico após percorrer mais de 6000km. O que faltava era conhecer a região de Tapajós, importante no marco histórico e econômico da Amazônia.
Portanto, mais uma vez eu levanto a bandeira: Ilumine essa escuridão, conheça o seu país, aprenda sobre culturas locais e valorize isso porque é conhecendo a vida dos outros é que podemos extrair o melhor para sermos pessoas melhores e menos ignorantes.
Um abraço
domingo, 18 de setembro de 2011
Inteligência Financeira
Tem me incomodado muito o fato de como a maioria das pessoas tem pouco ou nenhum conhecimento de finanças. Não estou falando de entendimento de bolsa de valores, commodities ou cotação de moeda estrangeira e sim de raciocínio e estratégia para cuidar do dinheiro que se conquista. As pessoas não sabem lidar com o dinheiro. Independente de quanto ganham, acabam gastando mais que podem e o resultado é um endividamento sufocante e progressivo.
Está na cultura dos brasileiros. Basta surgir um dinheirinho a mais, seja num aumento ou na venda de algum bem, que logo se vê no “direito” de dar destinação ao mesmo, consumindo e adquirindo coisas.
O maior problema das pessoas é a ilusão de achar que seus problemas serão resolvidos no momento em que ganharem mais dinheiro. Isso faz a pessoa perseguir maiores salários (ao invés de melhores empregos) e trabalharem mais. Tão logo recebem o “extra” e já sentem a necessidade de trocar de carro, comprar um celular novo ou trocar o vestuário, como se aquele “extra” tivesse que ser traduzido em bens e materiais. O resultado é que quanto mais dinheiro se ganha, maiores são as dívidas e mais escassas as noites de sono tranqüilo.
Contrariamente a isso, as pessoas inteligentes financeiramente sabem que um dinheiro extra ou um aumento de salário é uma oportunidade de se ter mais dinheiro disponível para multiplicar sozinho (sabe-se que uma quantia investida tende a crescer), além de dar tranqüilidade para encarar emergências, sabendo que existe aquela quantia disponível.
A maioria das famílias brasileiras usa sua renda em despesas fixas e básicas e quase nada em despesas variáveis. Moradia, saúde, transporte, ensino são exemplos de despesas fixas. Quando surgem gastos extras ou emergenciais como problemas de saúde, uma gravidez ou o aumento da mensalidade da faculdade, as pessoas enxergam a saída nos empréstimos e nos financiamentos.
A receita é muito básica, mas tem muita coisa por traz dela: Não financie ou tome empréstimos para adquirir coisas que não dão retorno financeiro. Se você precisa financiar tudo que adquire, significa que você não está conduzindo inteligentemente sua vida financeira. E não importa o quanto você ganhe.
O objetivo a ser perseguido é ter pelo menos 40% da receita liquida destinada ao “caixa”, que por sua vez deve ser visto como investimento e não como reserva. Invista. Ilumine sua escuridão. Se não sabe como fazer, comece pela caderneta de poupança (que tem rendimento fixo de 0,5% ao mês mais a inflação medida).
Enfim, tenho me dedicado muito ao assunto finanças ultimamente. E estou vendo que para se ter uma vida de sucesso no parâmetro finanças é preciso ter duas coisas: 1) Consciência do que é e o que significa o dinheiro e consumismo e; 2) Inteligência financeira.
Estou apenas engatinhando ainda. Claro que já saí daquele estágio de guardar todo o dinheiro em caixas de sapato, separando-os em envelopes escritos o que eu ia comprar quando juntado a quantia necessária (quem me conhece sabe que fazia isso. Nunca fui adepto do financiamento). Eu odiava também os juros, mas hoje vejo que os posso usar ao meu favor. E tem muitas formas de se fazer isso.
Abraço
PS: Quem quiser sugestões de leitura, posso fazê-lo.
Está na cultura dos brasileiros. Basta surgir um dinheirinho a mais, seja num aumento ou na venda de algum bem, que logo se vê no “direito” de dar destinação ao mesmo, consumindo e adquirindo coisas.
O maior problema das pessoas é a ilusão de achar que seus problemas serão resolvidos no momento em que ganharem mais dinheiro. Isso faz a pessoa perseguir maiores salários (ao invés de melhores empregos) e trabalharem mais. Tão logo recebem o “extra” e já sentem a necessidade de trocar de carro, comprar um celular novo ou trocar o vestuário, como se aquele “extra” tivesse que ser traduzido em bens e materiais. O resultado é que quanto mais dinheiro se ganha, maiores são as dívidas e mais escassas as noites de sono tranqüilo.
Contrariamente a isso, as pessoas inteligentes financeiramente sabem que um dinheiro extra ou um aumento de salário é uma oportunidade de se ter mais dinheiro disponível para multiplicar sozinho (sabe-se que uma quantia investida tende a crescer), além de dar tranqüilidade para encarar emergências, sabendo que existe aquela quantia disponível.
A maioria das famílias brasileiras usa sua renda em despesas fixas e básicas e quase nada em despesas variáveis. Moradia, saúde, transporte, ensino são exemplos de despesas fixas. Quando surgem gastos extras ou emergenciais como problemas de saúde, uma gravidez ou o aumento da mensalidade da faculdade, as pessoas enxergam a saída nos empréstimos e nos financiamentos.
A receita é muito básica, mas tem muita coisa por traz dela: Não financie ou tome empréstimos para adquirir coisas que não dão retorno financeiro. Se você precisa financiar tudo que adquire, significa que você não está conduzindo inteligentemente sua vida financeira. E não importa o quanto você ganhe.
O objetivo a ser perseguido é ter pelo menos 40% da receita liquida destinada ao “caixa”, que por sua vez deve ser visto como investimento e não como reserva. Invista. Ilumine sua escuridão. Se não sabe como fazer, comece pela caderneta de poupança (que tem rendimento fixo de 0,5% ao mês mais a inflação medida).
Enfim, tenho me dedicado muito ao assunto finanças ultimamente. E estou vendo que para se ter uma vida de sucesso no parâmetro finanças é preciso ter duas coisas: 1) Consciência do que é e o que significa o dinheiro e consumismo e; 2) Inteligência financeira.
Estou apenas engatinhando ainda. Claro que já saí daquele estágio de guardar todo o dinheiro em caixas de sapato, separando-os em envelopes escritos o que eu ia comprar quando juntado a quantia necessária (quem me conhece sabe que fazia isso. Nunca fui adepto do financiamento). Eu odiava também os juros, mas hoje vejo que os posso usar ao meu favor. E tem muitas formas de se fazer isso.
Abraço
PS: Quem quiser sugestões de leitura, posso fazê-lo.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Com maconha no aeroporto
Cometer crimes é mais fácil do que se pensa.
Ontem, dia pra lá de inusitado, quase não consegui fazer uma viagem aérea sem passar por diversas peripécias. Em uma delas, e certamente a maior, fui quase preso por tráfico de entorpecentes.
Viagem normal, passei pelo check in de um determinado aeroporto, emiti minha passagem e passei pelo detector de metais, após ter que tirar meu cinto, que tinha uma peça de metal e disparava o alarme. Entrei então na sala de embarque e, passando por um corredor um pouco “deserto”, avistei um pequeno embrulho no chão, próximo à parede e o hidrante.
Era uma barra um pouco maior que uma barra de cereal, cuidadosamente embrulhada com plástico fino translúcido. Espontaneamente, peguei o “artefato” e continuei andando. Havia uma espécie de folha seca prensada que logo suspeitei que fosse maconha. A dúvida terminou quando eu abri o embrulho e senti o cheiro: era maconha.
“Meus Deus”, eu disse. “Vou levar pra mostrar pro meu pai, meus irmãos... sei lá”. Poxa, achei o máximo e pensei em levar pra casa mesmo. Não pra consumir, obviamente (quem me conhece sabe), mas por curiosidade mesmo. Passou-se algum tempo quando percebi a bobagem que eu estava fazendo e, antes de guardar e mesmo de sair dali, resolvi jogar fora novamente.
Minutos depois fui abordado por funcionários da Infraero que disseram que iam chamar a policia federal - Na verdade alguém me viu atirando fora e chamou a “infantaria”. Desci tranqüilo até a sala e nem fiz questão de me defender. Quando um camarada me perguntou se eu era usuário ou traficante quebrei o silêncio e disse somente: “Meu amigo, tenho um vôo partindo daqui a 10 minutos. Se eu perder esse vôo e for provada minha inocência e vou processar todo mundo aqui.”
Eu bem sabia, naquele momento, que o sistema de vídeo poderia ter mostrado minha inocente trajetória. E, sem saber o que fizeram depois (se olharam o vídeo ou não), me dispensaram, sendo eu, o último a embarcar naquele vôo.
Depois, conversando com um amigo advogado, descobri que, se fosse pego com aquela quantidade, seria processado, por tráfico. Se não me engano, por estar transitando entre estados, seria um crime federal.
Me safei!
Ontem, dia pra lá de inusitado, quase não consegui fazer uma viagem aérea sem passar por diversas peripécias. Em uma delas, e certamente a maior, fui quase preso por tráfico de entorpecentes.
Viagem normal, passei pelo check in de um determinado aeroporto, emiti minha passagem e passei pelo detector de metais, após ter que tirar meu cinto, que tinha uma peça de metal e disparava o alarme. Entrei então na sala de embarque e, passando por um corredor um pouco “deserto”, avistei um pequeno embrulho no chão, próximo à parede e o hidrante.
Era uma barra um pouco maior que uma barra de cereal, cuidadosamente embrulhada com plástico fino translúcido. Espontaneamente, peguei o “artefato” e continuei andando. Havia uma espécie de folha seca prensada que logo suspeitei que fosse maconha. A dúvida terminou quando eu abri o embrulho e senti o cheiro: era maconha.
“Meus Deus”, eu disse. “Vou levar pra mostrar pro meu pai, meus irmãos... sei lá”. Poxa, achei o máximo e pensei em levar pra casa mesmo. Não pra consumir, obviamente (quem me conhece sabe), mas por curiosidade mesmo. Passou-se algum tempo quando percebi a bobagem que eu estava fazendo e, antes de guardar e mesmo de sair dali, resolvi jogar fora novamente.
Minutos depois fui abordado por funcionários da Infraero que disseram que iam chamar a policia federal - Na verdade alguém me viu atirando fora e chamou a “infantaria”. Desci tranqüilo até a sala e nem fiz questão de me defender. Quando um camarada me perguntou se eu era usuário ou traficante quebrei o silêncio e disse somente: “Meu amigo, tenho um vôo partindo daqui a 10 minutos. Se eu perder esse vôo e for provada minha inocência e vou processar todo mundo aqui.”
Eu bem sabia, naquele momento, que o sistema de vídeo poderia ter mostrado minha inocente trajetória. E, sem saber o que fizeram depois (se olharam o vídeo ou não), me dispensaram, sendo eu, o último a embarcar naquele vôo.
Depois, conversando com um amigo advogado, descobri que, se fosse pego com aquela quantidade, seria processado, por tráfico. Se não me engano, por estar transitando entre estados, seria um crime federal.
Me safei!
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Diga sim ao pré-conceito
Hoje em dia existe um clamor geral no sentido de abolir o preconceito de nossos costumes, no que tange o trato com outras pessoas. E como temos ouvido sobre os malefícios do preconceito racial e homossexual.
Veja só: A palavra preconceito deriva etimologicamente de pré-conceito e por isso, muitas pessoas pregam erroneamente o fim deste “pré-conceito”. Pré-conceito significa conceituar ou fazer juízo de algo (ou alguém) sem que se conheça, ainda, o todo. Fazer um pré-juízo de alguma coisa é altamente positivo e praticamente impossível evitar. Quando conhecemos alguém ou alguma coisa, sempre temos um conceito que podemos chamar de primeiro conceito (comumente dito primeira impressão).
Então, ter um pré-conceito ou primeira impressão não é nada abominável. Ruim é usar desse conceito, algo definitivo, o que prejudica o correto caminho no conhecimento e mudança (ou ajuste) do conceito inicial.
Hoje em dia, usa-se a palavra preconceito, que nada mais é que um juízo preconcebido manifestado de forma discriminatória. Se ligue, veja a diferença e ilumine a escuridão. Conceitue sim, e desde o princípio. Analise pessoas, lugares, crenças... e prossiga no caminho do estudo e análise do que te rodeia.
Abraço
Veja só: A palavra preconceito deriva etimologicamente de pré-conceito e por isso, muitas pessoas pregam erroneamente o fim deste “pré-conceito”. Pré-conceito significa conceituar ou fazer juízo de algo (ou alguém) sem que se conheça, ainda, o todo. Fazer um pré-juízo de alguma coisa é altamente positivo e praticamente impossível evitar. Quando conhecemos alguém ou alguma coisa, sempre temos um conceito que podemos chamar de primeiro conceito (comumente dito primeira impressão).
Então, ter um pré-conceito ou primeira impressão não é nada abominável. Ruim é usar desse conceito, algo definitivo, o que prejudica o correto caminho no conhecimento e mudança (ou ajuste) do conceito inicial.
Hoje em dia, usa-se a palavra preconceito, que nada mais é que um juízo preconcebido manifestado de forma discriminatória. Se ligue, veja a diferença e ilumine a escuridão. Conceitue sim, e desde o princípio. Analise pessoas, lugares, crenças... e prossiga no caminho do estudo e análise do que te rodeia.
Abraço
domingo, 5 de junho de 2011
Amapá
O estado do Amapá está localizado quase que inteiramente no Hemisfério Norte.
Eu e Flávia, em nosso projeto de conhecer a Amazônia brasileira, no último feriado da Semana Santa decidimos dar o ar da graça por aquelas terras. A ideia era ir sem nenhuma programação definida, deixando para definir tudo no local.
Fomos primeiramente para a capital do estado. Macapá é uma cidade muito bonita e a única capital do Brasil que não se chega via terrestre (opções: avião ou barco, que neste caso são 2 dias até Belém). A cidade é banhada pelo maior rio do mundo, o famoso Amazonas. E que rio! Há exatamente um ano atrás conhecemos o Amazonas na sua origem, na cidade de Manaus-AM e ele segue com a mesma exuberância e imponência. Boa pedida para a cidade é saborear os diversos pratos feitos com peixes (dizem que são os melhores do Brasil) e nós aproveitamos isto também.
Além de ser uma cidade bem estruturada, Macapá tem o monumento Marco Zero, onde passa a linha que divide o nosso globo em hemisférios, a Linha do Equador. Pela primeira vez estivemos no hemisfério norte e esse marco geográfico tem certo sentido em nossas vidas, coisa de casal viajante e.... bô, bô, bô...
A Fortaleza de São José é o maior forte que eu já vi. Construída entre 1764 e 1782 por mãos escravas para garantir o domínio português no extremo norte e defender aquela região de possíveis invasores, surpreende pelas dimensões, mas nunca foi utilizado.
Decidimos alugar um carro e partir em direção ao norte do estado, até chegar à cidade de Serra do Navio. Estrada horrível na maior parte dos trechos. Na viagem passamos por algumas cidades de pequeno porte (Porto Grande, Pedra Branca do Amapari, Ferreira Gomes), mas que sempre tem ao menos um balneariozinho convidativo para banhos. Esses balneários são quase sempre na beira da estrada onde as prefeituras das cidades tomaram todo o cuidado de fazer barragens e formar piscinas naturais.
Contudo o melhor banho de todos foi nas águas azuis da Lagoa Azul, na Serra do Navio. Esta lagoa é formada por uma mina finalizada e é realmente linda. Destaque também para a APA do Curiaú, que fica próximo a Macapá. Possui um volume d`água incrível, em uma região de planície alagada, com muitas plantas aquáticas.
Queríamos ter ido ao Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, que é o maior Parque Nacional do Brasil e uma das maiores áreas protegidas em floresta tropical do mundo. Queríamos também ter visitado os índios Waiãpi em Pedra Branca do Amapari. Porém para estas duas atividades precisaríamos de autorização, e como era feriado, não tivemos como tirá-las na hora.
Enfim, vejam as fotos. Temos muito mais. Destaque para a foto no Marco Zero, eu no hemisfério norte e a Flávia no hemisfério sul. Para uma descrição mais detalhada, nos procure: adoramos divulgar a região amazônica. Ainda falta conhecermos a Amazônia ocidental (como o Acre) e outros pontos específicos.
Um abraço
sábado, 30 de abril de 2011
Palavras de incentivo
Há diversas formas de encorajar ou persuadir uma criança a executar alguma ação ou tomar qualquer decisão. Tomando por base essa sentença e considerando que diversas vezes as pessoas precisam de palavras que as impulsionam, decidi dedicar algum tempo refletindo sobre esse poder que temos de ajudar, ou não, crianças.
Para tanto, vou contar duas histórias semelhantes que aconteceram com duas crianças, das quais protagonizei. Vejamos:
No fim de 2009, eu me encontrava no Parque Estadual do Tabuleiro, em Minas Gerais, perante o belo poço da cachoeira homônima, mas sem coragem de entrar naquelas geladas águas. Meu Deus, aquelas águas estavam de “trincar os ossos”!
Foi então que surgiu um garotinho de cerca de 7 anos de idade, com sua avó e eu disse para a minha, então namorada, Flávia: “Se este menininho, criado com vó, entrar nessa água eu entro também.”
Porém, contrariando minhas previsões, o menino chegou se despindo e, para tentar desencorajá-lo, eu disse em voz alta para que ele ouvisse: “ Nossa Flávia, essa água está muuuuuuuuuito gelada. Todo mundo que está entrando está passando mal depois”. O garoto nem sequer titubeou após o meu comentário e caiu sorridente na água.
A segunda história se deu na semana passada, quando encontrávamos em um balneário na cidade de Macapá-AP. Havia um garoto, semelhante ao primeiro, solitário e defronte de uma piscina natural, tentando tomar coragem para saltar e nada. Próximo a ele, estávamos eu, Flávia e um amigo nosso conversando, quando resolvi “dar uma mãozinha” ao garoto fazendo o seguinte comentário, novamente em voz alta:
“Ele não tem coragem de pular!”
Quase que imediatamente o menino se jogou de mergulho na água, arrancando belas risadas do trio que formava a platéia. Emergiu sua pequena cabeça fora d’água já olhando pra nós, ostentando aquele olhar de “não duvide de mim”, sem nada dizer.
Assim, concluo dizendo que, se quiser desencorajar uma criança, jamais a desafie. Por não saberem bem dimensionar os riscos da ação, eles colocam a necessidade de se auto-afirmar como pessoa acima de qualquer coisa. Analogamente, se quiser convencer uma criança ou adolescente a algo, basta criar o desafio fingindo desacreditar da sua capacidade. O problema é que um possível fracasso gera um produto extremamente forte contra a sua auto-estima.
Agora, quanto ao primeiro garoto, agi como o pai ou mãe quando diz que “ o homem do saco vai te levar” ou “não vai lá não que o bicho-papão vai te pegar”. Felizmente o sagaz menino deixou sua vontade de nadar prevalecer impulsionado pelo desafio que acabei criando involuntariamente. Enfim, fui humilhado!
Para tanto, vou contar duas histórias semelhantes que aconteceram com duas crianças, das quais protagonizei. Vejamos:
No fim de 2009, eu me encontrava no Parque Estadual do Tabuleiro, em Minas Gerais, perante o belo poço da cachoeira homônima, mas sem coragem de entrar naquelas geladas águas. Meu Deus, aquelas águas estavam de “trincar os ossos”!
Foi então que surgiu um garotinho de cerca de 7 anos de idade, com sua avó e eu disse para a minha, então namorada, Flávia: “Se este menininho, criado com vó, entrar nessa água eu entro também.”
Porém, contrariando minhas previsões, o menino chegou se despindo e, para tentar desencorajá-lo, eu disse em voz alta para que ele ouvisse: “ Nossa Flávia, essa água está muuuuuuuuuito gelada. Todo mundo que está entrando está passando mal depois”. O garoto nem sequer titubeou após o meu comentário e caiu sorridente na água.
A segunda história se deu na semana passada, quando encontrávamos em um balneário na cidade de Macapá-AP. Havia um garoto, semelhante ao primeiro, solitário e defronte de uma piscina natural, tentando tomar coragem para saltar e nada. Próximo a ele, estávamos eu, Flávia e um amigo nosso conversando, quando resolvi “dar uma mãozinha” ao garoto fazendo o seguinte comentário, novamente em voz alta:
“Ele não tem coragem de pular!”
Quase que imediatamente o menino se jogou de mergulho na água, arrancando belas risadas do trio que formava a platéia. Emergiu sua pequena cabeça fora d’água já olhando pra nós, ostentando aquele olhar de “não duvide de mim”, sem nada dizer.
Assim, concluo dizendo que, se quiser desencorajar uma criança, jamais a desafie. Por não saberem bem dimensionar os riscos da ação, eles colocam a necessidade de se auto-afirmar como pessoa acima de qualquer coisa. Analogamente, se quiser convencer uma criança ou adolescente a algo, basta criar o desafio fingindo desacreditar da sua capacidade. O problema é que um possível fracasso gera um produto extremamente forte contra a sua auto-estima.
Agora, quanto ao primeiro garoto, agi como o pai ou mãe quando diz que “ o homem do saco vai te levar” ou “não vai lá não que o bicho-papão vai te pegar”. Felizmente o sagaz menino deixou sua vontade de nadar prevalecer impulsionado pelo desafio que acabei criando involuntariamente. Enfim, fui humilhado!
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Lixeira de pedal no banheiro
Existem várias coisas que sempre deixam agente com "a pulga atras da orelha". Uma delas me fez pensar esses dias e resolvi registrar este hilário raciocínio.
Já perceberam que a maioria das lixeiras de banheiro são do tipo pedal (um mecanismo que propicia voce abrir a tampa da lixeira com o pé)? É fato que esse tipo de lixeira colabora para que voce abra sua tampa sem ter contato com a superfície possivelmente contaminada pelo lixo que já foi depositado antes.
Porém, a maioria das lixeiras de banheiro ficam ao lado do sanitário e eu percebi que, raramente, quando da necessidade de certas tarefas fisiológicas, fica praticamente impossivel de, sentado no sanitário, acionar o pedal da lixeira. Tente fazer isso! O que nos resta é levantar a tampa cuidadosamente com a mão, anulando assim a objetividade da lixeira.
E se eu pegar a lixeira e colocar na frente do vaso sanitário para devolver em seguida? Opas! Ai eu já toquei na lixeira...
Um pedido: Favor não lembrar de mim, e sim da teoria, na hora dos afazeres fisiológicos.
Um abraço
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Os BBB's são seus heróis também?
Há muito tempo venho repudiando os programas de reality show, que arrebanham milhares de telespectadores para frente das TV’s, se tornando programas de alto volume de arrecadação financeira para as emissoras. Além de não acrescentar nada na vida social e intelectual das pessoas que assistem, deturpam totalmente os valores pessoais e culturais.
Os participantes são incentivados, de acordo com programação imposta e mascarada, a trapacear, trair, brigar, exibir seus corpos, fazer sexo, se embriagar. São como fantoches movidos à ganância. O próprio Pedro Bial, da TV Globo, usou a expressão “vamos fazer um zoológico humano divertido”. O pior é que por essa diversão barata e inútil milhões de pessoas entregam seu tempo e até seu dinheiro para alimentar essa máquina. Você escolhe uns participantes pra gostar e outros pra ter raiva, ódio. Procure saber quanto as emissoras lucram com esses programas e compare com o dinheiro dado aos participantes.
Muitos críticos, pessoas cultas, repudiam a alusão aos participantes do BBB como heróis. E esses são mesmo os nossos heróis? Ficar numa jaula sem poder trabalhar e estudar, tratando a vida como um jogo onde você tem que vencer os outros? Eis ai a maior inversão dos valores! As gerações vindouras vão aprendendo que, por dinheiro tudo se pode.
ILUMINE SUA ESCURIDÃO. Ao assistir estes programas, você está muito mais que perdendo tempo. Está assimilando e contribuindo para a ignorância nacional e apoiando o que está sendo feito. No fim do programa, você continua pobre e mais....burro.
“A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o programado é você”. Gabriel, o Pensador.
Os participantes são incentivados, de acordo com programação imposta e mascarada, a trapacear, trair, brigar, exibir seus corpos, fazer sexo, se embriagar. São como fantoches movidos à ganância. O próprio Pedro Bial, da TV Globo, usou a expressão “vamos fazer um zoológico humano divertido”. O pior é que por essa diversão barata e inútil milhões de pessoas entregam seu tempo e até seu dinheiro para alimentar essa máquina. Você escolhe uns participantes pra gostar e outros pra ter raiva, ódio. Procure saber quanto as emissoras lucram com esses programas e compare com o dinheiro dado aos participantes.
Muitos críticos, pessoas cultas, repudiam a alusão aos participantes do BBB como heróis. E esses são mesmo os nossos heróis? Ficar numa jaula sem poder trabalhar e estudar, tratando a vida como um jogo onde você tem que vencer os outros? Eis ai a maior inversão dos valores! As gerações vindouras vão aprendendo que, por dinheiro tudo se pode.
ILUMINE SUA ESCURIDÃO. Ao assistir estes programas, você está muito mais que perdendo tempo. Está assimilando e contribuindo para a ignorância nacional e apoiando o que está sendo feito. No fim do programa, você continua pobre e mais....burro.
“A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o programado é você”. Gabriel, o Pensador.
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